terça-feira, 9 de julho de 2013

Apresentando a arte

Viver e aprender a olhar
                                                            
          A minha ideia de arte é bem fascinante, tudo me parece ter potencial para ser uma grande obra de arte, seja uma árvore centenária que insiste em impor sua imponência e libertar suas raízes em meio ao concreto do asfalto, até uma simples carroça em meio aos carros atrapalhando o trânsito, isso daria uma bela foto.       
          O olhar não é simples e depende essencialmente do seu dono. Quando somos crianças aprendemos a escrever, mas o olhar parece ser algo intuitivo que ninguém precisa nos ensinar, seu aprendizado é algo óbvio e desnecessário. Mas depois percebemos que somos analfabetos no olhar, as imagens vem e vão e não conseguimos enxergá-las.       
          Eu não desisti e continuo aqui em busca de enxergar o que pode ser visto, ou pelo menos o que meu olhar é capaz de alcançar hoje (sem tirar da cabeça que ainda há muitas coisas que aprenderei a ver). As artes visuais me cativa porque é um exercício diário, além de ser um desafio constante.       
          Hipócrates disse – “Breve é a vida, longa é a arte”. A arte não é apenas longa, ela é eterna. Pense em Lascaux ou em Altamira, cavernas onde há registros de pinturas rupestres datada de 15000 anos a.C., essas pinturas são a prova que arte desafia e vence a morte, vence os limites da vida e principalmente nos ensina sobre um povo determinado, sua cultura e seus costumes. A arte nos comunica com presente, mas também com o passado, por isso é importante saber olhá-la.       
          A arte de um povo, em uma época específica é única e cheia de elementos originais, por isso é inadequado classificar uma obra de arte melhor ou pior, já que a história da arte não é um mundo que valoriza a capacidade técnica e sim as ideias. Gombrich nos diz: “É importante entender isso desde o princípio, pois a história da arte, em seu todo, não é uma história de progresso na proficiência, mas uma história de ideias, concepções e necessidades em permanente evolução”.       
          Por isso nos esbaldemos, sem preconceitos, com todo tipo de arte, em qualquer época, em qualquer lugar. Sabendo que acima de tudo, isso nos trará momentos de grande prazer e de precioso aprendizado.